Risadas, pássaros que chegam ao cair da tarde, sotaques, fragmentos da fala, passos na calçada, aquele tchii que vem ao abrir uma lata de refrigerante. Os soundhunters querem transformar todos os sons em música e nos convidam a participar da brincadeira. Por trás do projeto, está a ideia de explorar a conexão entre som e cultura.
Inspirados pelas ideias de Pierre Schaeffer, pai da música concreta, os soundhunters fazem música a partir de amostras sonoras coletadas da vida cotidiana, da cidade e da natureza, aproveitando que com a tecnologia digital qualquer som pode ser gravado, manipulado, reinventado, produzido e reproduzido com facilidade.
Soundhunters é um projeto transmídia composto por documentários interativos, álbum de músicas e ferramentas digitais onde os participantes são incentivados a ouvir o ambiente e compor suas próprias faixas, mesmo que nunca tenha criado nenhuma música.

Os quatro documentários contam histórias de pessoas nas cidades de São Paulo, Lagos, Berlin e New York. Os artistas Luke Vibert, Simonne Jones, Daedelus e Mikael Seifu atuam como narradores, personagens e também criam trilhas com os sons das localidades filmadas. Os filmes foram dirigidos por Pedro Watanabe & Lucas Bonolo, Nora Mandray & Jason B. Kohl, Emeka Ogboh, Antonino D’Ambrosio..
O projeto se desdobra por três mídias para atingir um público mais amplo: site, aplicativo (para iphone e ipad) e documentário de TV.
O projeto se desdobra pelo mote: veja, grave e crie.
Veja – à medida que se avança nos documentários, os sons vão sendo liberados e podem ser ouvidos isoladamente. Ao fim do filme, é possível acessar a composição final, a canção feita para aquela cidade pelo artista convidado.
Grave – através do aplicativo, você pode gravar, processar e compartilhar sons.
Crie – no site, há uma plataforma onde você pode criar trilhas modificando sons dos filmes, seus próprios sons ou sons capturados por outros soundhunters.
Tudo vira música.