Conheça destaques da programação de documentários interativos da Mostra Bug: nesta lista, dez produções de 10 países diferentes:

Highrise: Out My Window, 2010

90 minutos

Classificação etária: 14 anos
Site: www.outmywindow.nfb.ca
Produção: National Film Board (NFB)
País: Canadá

SINOPSE
Out My Window explora a urbanidade por meio de pessoas que habitam arranha-céus e observam o mundo de suas janelas. As 49 histórias vindas de 13 cidades ao redor do planeta e relatadas em suas línguas nativas compõem um trabalho que trata do poder de indivíduos e de núcleos comunitários em dar sentido a vidas imersas em gigantescas torres residenciais de concreto. Este é um dos primeiros documentários interativos em 360o do mundo e foi a primeira iniciativa do premiado projeto multiplataforma e colaborativo Highrise, ainda em pleno desenvolvimento por meio de outros desdobramentos, sempre com foco na experiência humana em grandes edifícios.

REALIZAÇÃO

Katerina Cizek é uma diretora canadense de documentários e reconhecida em todo o mundo como um dos principais nomes em projetos digitais multiplataforma e colaborativos. Duas vezes vencedora do Emmy, Cizek é a idealizadora e diretora geral do projeto Highrise.  É colaboradora do National Film Board (NFB), premiada instituição canadense que é referência mundial em produções de conteúdo digital e plataformas interativas.

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Hollow, 2013
180 minutos
Classificação etária: Livre
Site: www.hollowdocumentary.com
Produção: Requisite Media, LLC
País: EUA

SINOPSE
Hollow é um webdocumentário que investiga o declínio populacional da América rural por meio da história dos moradores do condado de McDowell, na Virgínia Ocidental. Em 2013, a população era composta por 22 mil moradores, bem abaixo dos 100 mil durante o auge industrial vivido em meados do século 20. O motivo principal seria a saída de jovens e adultos em busca de melhores oportunidades de emprego em cidades maiores, um fenômeno ainda em curso.

O projeto contou com a participação direta da própria comunidade, que sugeriu temas e propostas para as pesquisas além de parte do próprio material audiovisual que compõe a narrativa. Trinta vídeos de residentes de McDowell estão distribuídos em cinco seções que abordam questões como saúde, ativismo comunitário e a influência da indústria do carvão, e o uso da técnica paralaxe dá à história um fluxo ininterrupto.

REALIZAÇÃO
Elaine McMillion Sheldon é uma documentarista nomeada ao Oscar, que nasceu em McDowell. Seu trabalho explora histórias universais de identidade, raízes, sobrevivência, resiliência e esperança. Sheldon é a diretora de Heroin(e) e Recovery Boys, ambos para a Netflix. Por seu trabalho em Hollow, recebeu indicações ao Peabody, ao Emmy e ao World Press Photo Multimedia Awards. Em 2016, recebeu o prêmio Breakthrough Filmmaker pela Chicken & Egg Pictures. Nomeada como uma das “25 Novas Faces do Cinema Independente” pela Filmmaker Magazine, como uma das “50 Pessoas que Mudam o Sul” pela Southern Living Magazine e como 2018 USA Fellow pela United States Artists.

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Momento MX, 2017
25 minutos
Classificação etária: livre
Site: www.momentomx.com
Produção: Aura Cultura
País: México

SINOPSE
Momento MX é um documentário interativo que traça um panorama sobre as recentes comunidades criativas no México. O usuário pode explorar dois eixos-temáticos: um dedicado a editores independentes na Cidade do México e outro que explora o cenário da música eletrônica e experimental no país. Cada tema inclui cinco seções – atores, processos, produtos, mercado e panorama – e cada uma delas se desdobra em um vídeo interativo e um vídeo imersivo 360o. A arquitetura de navegação permite que o usuário possa, por exemplo, comparar as indústrias entre si. O projeto prevê a publicação futura de mais quatro eixos-temáticos.

REALIZAÇÃO
Pablo Martinez Zarate é um cineasta, escritor e artista mexicano. Trabalha como professor de documentário e fotografia no Departamento de Comunicação da Universidade Iberoamericana, na Cidade do México. As investigações de Pablo tratam de vincular memória, território e identidade por meio do cinema, fotografia, multimídia e escrita. Entre seus filmes estão Ciudad Merced (2013), La Película (2014), So Much Light (2015) e The Monopoly of Memory (2018). Seu trabalho multimídia inclui os webdocumentários Santos Diableros e Momento MX e o poema interativo/instalação Poema Panorama. Seus trabalhos foram exibidos em museus como o Museu Nacional de Arte do México e seus filmes foram exibidos em mais de 10 países, recebendo prêmios no Brasil, Índia, EUA e México.

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Alma, 2012

40 minutos
Classificação etária:
Site: www.alma.arte.tv
Produção: ARTE, Upian. e Agence VU
País: França

SINOPSE
Alma é um webdocumentário sobre a jovem homônima de 26 anos que nasceu na Guatemala e cresceu em uma realidade na qual leis e justiça são continuamente desrespeitadas, impera a impunidade e famílias atoladas na pobreza, no desespero e no alcoolismo destroem-se em meio a guerras de gangues urbanas, conhecidos como “maras”. Alma integrou por cinco anos um dos grupos mais violentos do país e viveu imersa em assassinatos, agressões e brutalidade. Ela narra sua forte história de vida como uma confissão, frente-a-frente com o usuário, que também pode escolher acionar ou não algumas cenas que ilustram, por vezes de maneira subjetiva, o que é contado pela personagem.

REALIZAÇÃO
Isabelle Fougère é jornalista e suas histórias sobre direitos humanos, mulheres, migrantes e desenvolvimento econômico são publicadas regularmente na imprensa francesa e no exterior. Co-dirigiu “Euroland”, uma série de documentários sobre a Europa para a televisão italiana, e publicou um livro sobre sua travessia no Saara acompanhando migrantes africanos com destino à Europa. Isabelle também escreve livros para crianças e fundou um prêmio internacional de fotojornalismo há 12 anos, no Festival Perpignan Visa pour l’Image.

Miquel Dewever-Plana é fotojornalista desde os anos 90. Suas primeiras histórias fotográficas foram feitas em comunidades indígenas maias, na Guatemala. Em seguida, ele se dedicou a documentar as conseqüências dos 36 anos da Guerra Civil Guatemalteca. Desde 2007, Miquel fotografa a violência endêmica que assola a Guatemala, as guerras entre gangues e a corrupção generalizada. Ele conheceu Alma em 2008 e foi quem iniciou o projeto para que ela pudesse fazer sua confissão.